10 coisas para ver na Torre de Londres

Situada nas margens do rio Tamisa, a Torre de Londres é uma das atracções turísticas mais populares da cidade devido à mistura de intriga e medo que a sua história inspira.

Não há dúvida de que é um dos locais essenciais a visitar em Londres durante a sua viagem. É também Património Mundial da UNESCO desde 1988. Se quiser saber tudo o que pode ver na Torre de Londres, recomendo que leia este post e compre os seus bilhetes para a Torre de Londres com antecedência, para não ser apanhado de surpresa.

Durante a sua visita à Torre de Londres, terá a oportunidade de ver as Jóias da Coroa da monarquia britânica, magníficas peças de metal precioso.

Para além das jóias que a Rainha Isabel II de Inglaterra usava habitualmente nas suas aparições públicas, pode também ver insígnias, coroas, espadas, ceptros e outros objectos de grande valor que são usados em diferentes eventos e actos cerimoniais, tais como:

• Acoroa de Santo Eduardo: a mais importante da coleção real e a utilizada para coroar os monarcas na Abadia de Westminster.
• A Coroa Imperial de Estado: foi feita para a coroação da Rainha Vitória e é utilizada na cerimónia de abertura do Parlamento britânico.
• O cetro da pomba e o cetro da cruz: empunhados pela monarca no momento da sua coroação.
• A espada de jóias da Oferenda: criada para a coroação de Jorge IV, é também utilizada na cerimónia de coroação dos reis.

A Torre Branca é um marco icónico de Londres que existe há quase um milénio. Fica no centro do Inner Ward e tem servido como residência real, prisão e arsenal ao longo dos anos. É assim chamada devido à pedra branca utilizada na sua construção, que lhe confere o seu belo aspeto brilhante.

No interior da Torre Branca encontram-se dois locais muito interessantes:

• Linha dos Reis: uma das mais antigas exposições do mundo. Remonta ao século XVII e o rei Carlos II apresentou esta coleção de armas ao público, a fim de promover a sua recém-criada monarquia após a Revolução Inglesa.
• Capela de São João: situada no primeiro andar da Torre Branca. Foi construída no final do século XI para uso da família real enquanto esta vivia na fortaleza. É um belo exemplo da arquitetura da igreja normanda.

A Torre de Londres foi construída pelo rei Guilherme, o Conquistador, no século X, para proteger Londres e vigiar o tráfego marítimo no rio Tamisa. A sua reputação de fortaleza mantém-se inalterada, uma vez que foi sitiada várias vezes, mas nunca foi tomada.

Durante a sua visita à Torre de Londres, poderá conhecer a sua vertente de fortaleza, explorar as suas inexpugnáveis defesas e imaginar como era ser um soldado naquela época, numa missão de defesa deste importantíssimo bastião.

Não se surpreenda se vir soldados a guardar a Casa da Rainha ou a Casa das Jóias. Poderá até encontrar os famosos Beefeaters que guardam este local com grande zelo desde os tempos dos Tudor e que agora fazem visitas guiadas à Torre de Londres.

Durante a sua visita à Torre de Londres, entrará nos aposentos de dois reis ingleses, Henrique III e Eduardo I, que no século XIII ampliaram as defesas da fortaleza e construíram um novo e luxuoso palácio no seu interior.

O Palácio Medieval é composto pela Torre Wakefield, a Torre de São Tomás e a Torre Lanthorn. No interior, é possível ver fantásticas recriações das salas onde os monarcas viviam durante as suas visitas.

Por exemplo, na Torre de São Tomé pode ver uma recriação do quarto do Rei Eduardo I com uma pequena capela. Mas onde eu aconselho a abrir bem os olhos é na Torre Lanthorn, onde está exposta uma coleção muito curiosa de objectos raros que datam da época medieval.

Para além de ser uma residência real e uma fortaleza, a Torre de Londres também foi usada como prisão e cadafalso para a execução dos condenados por traição e outros crimes.

Esta é uma das partes mais arrepiantes da visita, porque durante o passeio pode seguir os passos dos condenados à morte.

A morte na Torre Verde (situada a oeste da Torre Branca) era um "privilégio" reservado às pessoas de alta patente ou àquelas que tinham grande apoio popular e que não podiam ser executadas diante das multidões. Algumas das pessoas que pereceram aqui foram:

• Ana Bolena
• Catarina Howard
• Rainha Joana Grey

Num dos lados da Torre Verde encontra-se a Casa da Rainha, uma casa de campo em enxaimel mais conhecida por ter sido o local onde a Rainha Ana Bolena passou os seus últimos dias antes da sua execução.

No entanto, poderá também ficar surpreendido ao saber que este foi o local do julgamento de Guy Fawkes, um revolucionário católico que participou na conspiração da pólvora de 1605 para matar o Rei James I, que se recusou a conceder alguma tolerância religiosa aos católicos no reino.

O nome dá-lhe uma pista de que este era um dos locais menos recomendados para estar na Torre de Londres.

Chama-se Torre Sangrenta porque está associada ao desaparecimento e presumível morte do rei Eduardo V e do seu irmão mais novo Ricardo, em 1483. Ambos foram aqui confinados por ordem do seu tio, o futuro rei Ricardo III, e algum tempo depois desapareceram misteriosamente, deixando-o com um caminho livre para o trono.

Outro dos mais famosos prisioneiros encarcerados na Torre Sangrenta foi Sir Walter Raleigh, o corsário preferido da Rainha Isabel I de Inglaterra para atacar o Império Espanhol antes da sua queda em desgraça. Pode ver a sua cela tal como era durante as suas múltiplas prisões antes da sua execução por traição.

Outra das partes mais sinistras de uma visita à Torre de Londres, juntamente com a Torre Sangrenta ou a Torre Verde, é a exposição sobre a tortura na Torre de Wakefield Inferior.

O período entre os séculos XVI e XVII foi uma época de extrema agitação religiosa e política em Inglaterra, que se traduziu numa multiplicidade de execuções e torturas para os seus habitantes.

Há provas de que quase 50 pessoas sofreram tormentos físicos e mentais na Torre de Londres por praticarem o catolicismo, para as obrigar a confessar actos ou a informar outros antes de serem levadas para o cadafalso. Nesta exposição podem ver-se alguns dos elementos de tortura que foram utilizados na Torre

Dica da Isabel Viajante

Esta exposição vai deixar-vos de cabelos em pé, por isso, se visitarem a Torre de Londres com crianças ou se forem pessoas sensíveis, é melhor evitá-la para não terem pesadelos.

Os habitantes mais famosos da Torre de Londres são os seus belos corvos negros. Sabia que, desde o tempo do rei Carlos II, circula uma lenda segundo a qual, se estes corvos desaparecessem da Torre de Londres, esta desmoronar-se-ia e, com ela, todo o reino?

Os ingleses levam esta superstição muito a sério e certificam-se de que há pelo menos sete corvos a vaguear pelo recinto. Por isso, se visitar a Torre de Londres, é provável que os veja. No entanto, também tomam algumas precauções extra e, por isso, cortam as asas das aves para que não possam vaguear.

Em qualquer caso, os corvos da Torre de Londres são muito bem tratados e alimentados por um Ravenmaster e, nos últimos tempos, até houve vários filhotes de corvo nascidos aqui como parte do programa de reprodução da Torre de Londres.

Sabia que antigamente existia uma coleção de animais na Torre de Londres? Estavam lá desde o século XIII até ao século XIX, altura em que foram transferidos para o Regent's Park Zoo.

A função da coleção de animais era não só entreter a família real e os seus convidados com a observação de animais exóticos (havia até um urso polar!), mas também guardar a própria Torre de Londres. Os animais eram, portanto, colocados em locais estratégicos perto da torre central e do fosso.

Hoje em dia, é possível ver algumas esculturas que representam esses animais selvagens (pelos quais os famosos "Beefeaters" eram responsáveis) e os espaços que ocupavam.