Os 10 cemitérios mais famosos de Paris
Deixe-se seduzir pelo encanto sombrio dos cemitérios. Os cemitérios de Paris são ao mesmo tempo elegantes e tranquilos, ideais para fazer uma pausa depois de uma visita aos cemitérios.
O turismo de cemitérios atrai milhões de viajantes em todo o mundo. A capital francesa também é famosa pelos seus sepulcros, tanto que a National Geographic incluiu dois cemitérios na sua lista dos 12 melhores do mundo.
Os escolhidos são os famosos cemitérios de Père Lachaise e Montmartre, mas há muitos mais para descobrir. Se está à procura do que ver e fazer em Paris, este artigo vai ajudá-lo a planear as suas férias.
1. Cemitério do Père Lachaise
Provavelmente o cemitério mais famoso do mundo. A sua construção é uma consequência do Édito de Saint Cloud, um decreto que previa a inumação de cadáveres fora das muralhas da cidade. De facto, no início do século XIX, este cemitério pacífico situava-se a alguns quilómetros do centro da cidade.
Ano após ano - e não sem algumas dificuldades - o cemitério tem acolhido tanto defuntos famosos como pessoas comuns. A campa mais famosa é a de Jim Morrison, que morreu em Paris em 1971. No entanto, não é o único que merece ser visto:
- Fryderyk Chopin, o músico polaco (com exceção do coração que se encontra em Varsóvia), repousa no Père Lachaise. A escultura de uma musa chorosa vigia o local.
- Georges Rodenbach, poeta e romancista belga radicado na capital francesa. O seu túmulo representa o próprio Rodenbach a emergir de um grande bloco de granito.
- Oscar Wilde, o mausoléu foi projetado por Jacob Epstein e representa uma figura alada, provavelmente inspirada no poema "A Esfinge sem segredo".
Para descobrir os outros túmulos, vale a pena reservar uma visita guiada com um especialista que o acompanhará durante pouco mais de 2 horas e lhe explicará todos os segredos do lugar.
Depois de um bom passeio pelo cemitério, é normal sentir um pouco de fome. Neste caso, recomendo reservar uma mesa no Bistrot Père (Avenue du Père Lachaise 10).
- Preço: entre 40 euros e 80 euros.
- Como chegar lá: as estações de metro mais próximas são Gambetta (linhas 3 e 3B), Père Lachaise (linhas 2 e 3) e Philippe Auguste (linha 2).
2. Cimetière du Montparnasse
Montparnasse é um dos melhores bairros de Paris. Outrora o epicentro da vida artística, é agora recomendado como um local para ficar e também para sair.
Existem dezenas de bares e restaurantes de charme, como Le Barbylone (famoso pelas suas cervejas artesanais) e Hardware Société (a Meca dos amantes do brunch).
No entanto, a maioria dos turistas vem aqui para visitar o cemitério com o mesmo nome. Inaugurado em 1824, é um verdadeiro museu ao ar livre, uma vez que muitos dos túmulos foram classificados como Monumentos Históricos.
Estende-se desde a estação de comboios de Montparnasse até à Place Denfert-Rochereau e divide-se em duas partes: Petit-Cimetière e Grand-Cimetière. Os túmulos mais famosos são os de Charles Baudelaire, André Citroën, Jean-Paul Sartre e Samuel Beckett, mas a lista poderia ser mais longa.
- Preço: a entrada é gratuita
- Como chegar lá: o cemitério está rodeado pelas estações de metro Raspail (linhas 4 e 6), Edgar Quinet (linha 6), Denfert-Rochereau (linhas 4 e 6) e Gaîté (linha 13).
Se gosta de terror e quer passar uma noite assustadora em Paris, não perca o passeio noturno dos fantasmas, onde lhe serão contadas todas as lendas e histórias macabras escondidas nas ruas.
3. Cimetière de Passy
Este pequeno cemitério abriga os túmulos de aristocratas, industriais e artistas do século XIX. Um passeio pelo cemitério dar-lhe-á a oportunidade de apreciar a silhueta da Torre Eiffel e os túmulos de Marcel Renault (piloto e fundador da empresa com o mesmo nome), o músico Claude Debussy, o pintor impressionista Édouard Manet e Bảo Đại, o último imperador do Vietname.
Para entrar, atravesse o monumental portão de entrada e o pavilhão de receção (pavillon d'accueil) desenhado pelo arquiteto René Berger no início dos anos 30. Se quiser planear a sua rota com antecedência, pode descarregar o mapa do site oficial.
- Preço: a entrada é gratuita
- Como chegar lá: o cemitério está situado perto dos Jardins do Trocadero, mesmo em frente à Torre Eiffel, em Paris. A paragem de metro mais próxima é Trocadéro (linhas 6 e 9).
4. Cemitério de Montmartre
Nenhuma estadia em Paris está completa sem um passeio por Montmartre. Quando a capital francesa era a capital mundial da arte, artistas do calibre de Degas, Van Gogh e Picasso passeavam por aqui. O monumento mais visitado é a Basílica do Sacré Coeur, seguido de perto pelo cemitério do bairro.
Tal como o seu primo, o cemitério do Père-Lachaise, é conhecido como um oásis romântico na cidade. Os seus túmulos mais famosos são os do realizador de cinema François Truffaut, do escritor Alexandre Dumas e do pintor impressionista Edgar Degas.
Graças às suas ruas empedradas e aos seus cafés históricos, Montmartre é um destino romântico por excelência. Para saber o que ver e fazer em Montmartre, recomendo-lhe que leia o artigo sobre o que ver e fazer em Montmartre.
- Preço: gratuito
- Como chegar lá: as paragens de metro mais próximas são La Fourche (linha 13), Blanche (linha 2) e Place de Clichy (linhas 2 e 13).
5. Cimetière de Picpus
Embora não esteja entre os cemitérios mais famosos, vale certamente a pena visitar. As suas origens estão ligadas à Revolução Francesa e ao período de terror que se lhe seguiu. Estima-se que entre 16 000 e 40 000 pessoas tenham sido executadas e que os seus restos mortais tenham ido parar ao cemitério de Picpus.
Atualmente, é um cemitério privado e apenas os descendentes das vítimas do Terror podem ser aqui enterrados. A sepultura mais visitada é a do Marquês de La Fayette, militar, político e acérrimo defensor dos princípios democráticos.
Desempenhou um papel crucial na criação dos Estados Unidos e o seu túmulo é o destino de muitos turistas americanos.
Se decidir afastar-se do centro para visitar esta zona de Paris, pode aproveitar a oportunidade para ver a monumental Place de la Nation, admirar o trompe l'oeil "Fresque La Serre" (Rue de Reuilly) ou jogar uma partida de bilhar na famosa sala Billard Nation Shoot Again (Cité Debergue 9).
- Preço: a entrada no cemitério custa cerca de 2 euros.
- Como chegar lá: o cemitério fica perto das estações de metro Bel-Air e Picpus, ambas na linha 6.
6. Cemitério de Batignolles
Apesar de albergar os restos mortais de André Breton e Paul Verlaine, não é muito famoso e poucos turistas vêm aqui. O cemitério faz fronteira com uma das mais barulhentas e movimentadas estradas circulares da cidade, a Boulevard Périphérique, mas nem mesmo esta artéria consegue diminuir o seu encanto.
Até aos anos 70, era o local de enterro da comunidade russa na capital francesa. Por esta razão, num canto do cemitério, encontra-se o túmulo de Léon Bakst, pintor e cenógrafo que desenhou esplêndidos figurinos para a Opéra Garnier de Paris.
- Preço: gratuito
- Como chegar lá: a entrada fica a uma curta distância a pé da Porte de Clichy, uma estação das linhas de metro 13 e 14 e da linha de comboio RER C.
7. Panthéon
Edifício neoclássico concebido pelo arquiteto Jacques-Germain Soufflot. Por encomenda do "Rei Sol", o monarca pediu-lhe que projectasse uma grande igreja dedicada à padroeira de Paris, Santa Geneviève. A sua alta cúpula e o seu pórtico com colunas coríntias revelam a sua utilização original.
Tudo mudou após a Revolução Francesa. Com a mudança de regime, este grande templo tornou-se o local de enterro dos franceses mais famosos. Aqui estão enterrados os restos mortais de Émile Zola, Voltaire, Marie Curie e outras figuras importantes.
A propósito, se quiser saber mais sobre este período histórico, pode visitar o Musée Carnavalet, que tem uma coleção de objectos utilizados durante o período revolucionário (Rue de Sévigné 23).
- Preço: um bilhete normal custa cerca de 11 euros. Se quiser incluir o ponto de vista panorâmico, terá de pagar cerca de 15 euros.
- Como chegar lá: a paragem de metro mais conveniente é a Cardinal Lemoine (linha 10).
8. Catacumbas
No século XVIII, não havia mais lugar em Paris para enterrar os mortos. Para fazer face à emergência, as autoridades decidiram transferir as ossadas das valas comuns para as pedreiras subterrâneas escondidas entre as margens do Sena e o centro da cidade.
As primeiras visitas foram efectuadas no final do século XIX e , mais de 100 anos depois, continuam a despertar o interesse dos turistas. Antes de descer às entranhas da capital, uma placa avisa: "Arrête! C'est ici l'empire de la mort" (De pé! Este é o império da morte). As visitas são muito evocativas e duram entre uma e duas horas.
O ponto de encontro para as visitas guiadas é geralmente a Avenida do Coronel Henri Rol-Tanguy. Para mais informações, recomendo a leitura do artigo sobre as visitas às catacumbas de Paris.
- Preço: entre 30 euros e 80 euros.
- Como chegar lá: a paragem de metro mais próxima é Denfert-Rochereau (linhas 4 e 6).
9. Túmulo de Napoleão
Depois de ter ordenado a construção do monumental Palácio de Versalhes, Luís XIV de França, apelidado de "Rei Sol", mandou construir o Hotel dos Inválidos. Esta estrutura destinava-se originalmente a proporcionar alojamento e cuidados hospitalares aos soldados feridos em combate.
Não é um verdadeiro cemitério, mas alberga os restos mortais do francês mais famoso do mundo: Napoleão Bonaparte. Vinte e um anos após a sua morte, o imperador regressou a Paris pela última vez e, desde então, repousa num grande sarcófago de quartzito vermelho.
Para além do túmulo, a estrutura alberga o Museu do Exército e o Museu dos Mapas de Relevo. Para saber mais, recomendo a leitura do post sobre a visita ao Musée des Invalides e ao túmulo de Napoleão.
- Preço: Um bilhete para adultos custa cerca de 15 euros. Os cidadãos da UE com menos de 25 anos têm entrada gratuita.
- Como chegar lá: a paragem de metro mais próxima é Invalides (linhas 8 e 13).
10. Túmulo do Soldado Desconhecido
Durante a Primeira Guerra Mundial, a França perdeu 1,5 milhões de homens. Estes soldados morreram na extenuante guerra de trincheiras que afectou principalmente a frente oriental com a Alemanha. Após o conflito, as autoridades decidiram erigir um monumento sob o Arco do Triunfo.
O Túmulo do Soldado Desconhecido é uma homenagem a um soldado gaulês anónimo que morreu na terrível batalha de Verdun. Uma chama eterna presta homenagem às vítimas sem nome de todas as guerras.
- Preço: gratuito
- Como chegar lá: as paragens de metro mais próximas são Kléber (linha 6) e Argentine (linha 1).
É possível visitar durante a noite?
Lamento, mas os cemitérios não costumam abrir depois do pôr do sol. Se quiser fazer este tipo de atividade, pode optar por um cruzeiro noturno no Sena, um passeio a pé pela cidade velha ou um passeio por Montmartre num Citroën 2 CV.
Outras opções populares são passeios privados de Segway, bicicleta ou autocarro hop-on/hop-off. Para mais informações, recomendo que leia o artigo que explica tudo o que precisa de saber sobre como visitar Paris à noite.