Tours em Funchal na Madeira

Está a planear umas férias na Madeira? Ótimo! A ilha, situada no meio do Atlântico, é um lugar espantoso, com uma natureza luxuriante e panoramas de cortar a respiração. A sua capital é o Funchal, uma cidade que surgiu no século XIV após a chegada dos primeiros exploradores portugueses.

Pode não ser a cidade mais famosa do país vizinho, mas as atracções do Funchal não deixam ninguém indiferente. Reservar uma visita guiada é uma boa maneira de descobrir os seus encantos.

Em 1419, os navegadores Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo e João Gonçalves Zarco chegaram à Madeira. Inicialmente, esta ilha no meio do Atlântico ganhou importância graças ao cultivo do açúcar e, em poucos anos, tornou-se uma paragem obrigatória para os navios que iam ou voltavam das Américas.

As visitas guiadas são a forma perfeita de conhecer as idiossincrasias da Madeira. O Funchal é o centro principal e a sua fundação remonta ao século XV. Os percursos passam normalmente pelos seguintes pontos de referência:

• Rua de Santa Maria, uma rua com dezenas de portas pintadas. Estas obras de arte de rua revalorizaram uma parte da cidade velha. Aqui concentram-se inúmeros bares e restaurantes de comida local.

• Sé do Funchal, a catedral e o templo mais importante de todo o arquipélago. O estilo arquitetónico é uma mistura de gótico e manuelino.

• Mercado dos Lavradores, um dos locais mais autênticos do Funchal. Foi inaugurado nos anos 40 e está decorado com azulejos típicos portugueses. Os seus produtos estrela são a strelitzia (a flor da Madeira, também vendem sementes) e os frutos tropicais.

• Forte de São Tiago, o baluarte que defendia o porto dos ataques de piratas. Atualmente alberga um museu de arte contemporânea, exposições temporárias e o Restaurante do Forte.

• Colégio dos Jesuítas, um edifício religioso do século XVI.

• Preço: 10 ¤ ou um pouco mais

• Duração: 2 horas ou um pouco mais

• Recomendado para quem quer descobrir a história da capital da Madeira.

Na Madeira, as receitas lusitanas entraram em contacto com a cozinha crioula e africana. O resultado é uma gastronomia variada e saborosa que beneficia tanto do peixe fresco como das carnes do interior. Uma visita gastronómica guiada dar-lhe-á a oportunidade de provar as especialidades mais famosas:

• Bolo do Caco, o pão típico da ilha. Por fora caracteriza-se pela sua forma circular e achatada, com uma côdea estaladiça que abriga um interior macio. É feito com farinha, batata-doce, fermento, água e sal.
• Sopa da Madeira, com tomate, cenoura e cebola. Se for consumida quente, é servida com um ovo escalfado por cima.
• Lapas grelhadas, o aperitivo tradicional. Cuidado, chegam à mesa numa frigideira bem quente. Os moluscos são temperados com um molho à base de manteiga de alho, salsa, sumo de limão e uma pitada de sal.
• Espetada, a receita mais emblemática da Madeira. É uma deliciosa espetada de carne de vaca grelhada com algumas folhas de louro. Se quiser repetir, encontra o melhor no restaurante Polar (Rua do Pico da Torre 26).
• Sable, peixe-espada servido com banana da terra frita, molho de maracujá e batatas cozidas.
• Bolo de mel, um bolo feito com mel de cana, canela, amêndoas, vinho da Madeira, laranja e outros ingredientes. É uma receita típica de Natal, embora possa ser encontrada noutras alturas do ano. No Funchal, o melhor é na Fábrica Santo António (Travessa do Forno 27).

Estes passeios gastronómicos incluem o vinho local, uma casta robusta feita segundo o método da estufagem. O vinho repousa durante pelo menos três meses em cubas de inox que mantêm uma temperatura de 45º/50º. O guia contar-lhe-á a história por detrás deste processo único.

• Preço: mais ou menos 70 euros.
• Duração: cerca de 3 horas
• Recomendado para aqueles que querem descobrir as especialidades locais.

Este percurso tem a fórmula clássica do hop-on/hop-off: pode entrar e sair quando quiser. Quanto ao horário, a primeira partida é às 10h30 e a última por volta das 16h30.

Ambos são adequados para quem quer aproveitar ao máximo a sua estadia no Funchal.

Funchal e Câmara de Lobos

O autocarro percorre a capital da Madeira e os seus locais mais famosos. Chega depois ao concelho de Câmara de Lobos. Aqui estão as principais paragens:

• Avenida do Mar, onde se situa a marina do Funchal. Daqui partem alguns dos melhores passeios de barco da Madeira.
• Teleférico do Funchal, que liga a cidade ao Jardim Botânico e à freguesia do Monte. Pode encontrar mais informações e bilhetes no site oficial.
• Sé Catedral do Funchal, fundada no século XV por D. Manuel I, o rei que conseguiu a máxima expansão do império português.
• Bordal, uma fábrica histórica que produz lençóis, lenços, toalhas e outros produtos bordados à moda da Madeira. Para terem uma ideia, vejam o seu perfil no Instagram
• O Casino da Madeira, que reconhecerá pelo seu aspeto futurista. De facto, foi desenhado por um famoso arquiteto brasileiro: Óscar Niemeyer. Para mais informações, recomendo que consultem o seu sítio Web
• Cemitério de São Martinho
• Pestana Promenade, o hotel de 4 estrelas nascido da colaboração entre Cristiano Ronaldo e Pestana (também perto de outros hotéis: Belmond Reid's Palace, Porto Mare, Praia Formosa, The Cliff Bay, etc.).
• Doca do Cavacas, piscinas naturais cénicas

Saindo da cidade, o autocarro leva-o até Câmara de Lobos, uma das mais antigas vilas da ilha. Esta vila rodeia uma baía de águas calmas que acolheu os primeiros exploradores portugueses. Os seus traços mais característicos são as casinhas brancas e as xavelhas, barcos coloridos típicos do arquipélago da Madeira.

Se chegarem à hora do almoço, recomendo a Vila do Peixe, um restaurante que oferece pratos tradicionais confeccionados com o peixe fresco da ilha. Tem também uma versão para carnívoros: a Vila da Carne. Ambos estão localizados na Rua Dr. João Abel de Freitas 30.

• Preço: a partir de 20 euros (inclui o seguinte percurso)
• Duração: cerca de 2 horas

Cabo Girão

O Cabo Girão é um ponto panorâmico a cerca de 15 quilómetros do Funchal. É uma das falésias mais altas da Europa e no topo encontra-se uma capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima.

O autocarro leva-o até aqui e em poucos minutos pode chegar ao passadiço de vidro que oferece uma vista inigualável sobre o oceano.

Se olhar para baixo, verá uma área muito pequena onde algumas pequenas culturas deslizam sobre a água. Em português, chama-se Fajãs do Cabo Girão e, no passado, só era acessível por barco. Atualmente, um teleférico liga o cume à praia. Note-se que esta atração não está normalmente incluída nas excursões de autocarro.

• Preço: a partir de 20 euros (inclui o percurso acima)
• Duração: cerca de 40 minutos

O vinho chegou à Madeira no século XV, quando os exploradores portugueses começaram a deslocar-se para o interior. A ilha estava coberta de selva e os primeiros colonos não tiveram outra opção senão queimar as florestas para abrir caminho através da vegetação. As cinzas deixaram uma camada muito fértil, perfeita para o cultivo da vinha.

Posteriormente, começaram a chegar do continente cinco castas: Boal, Malvasia, Tinta Negra Mole e Sercial. Os vinhos da Madeira repousam em barricas durante um mínimo de 3 anos, seguindo o método da estufagem.

Em suma, o caldo é aquecido através de cubas equipadas com serpentinas até atingir cerca de 50º. O resultado é um vinho fortificado com um ligeiro sabor a fumo.

Existe ainda um outro método: o canteiro. Neste caso, o aquecimento é natural e o vinho tem de repousar nas pipas durante 20 a 100 anos. Ao optar por esta via pode ficar a conhecer melhor o processo e, porque não, comprar algumas garrafas na loja.

No Funchal há um local privilegiado para o provar: Blandy's Wine Lodge (Avenida Arriaga 28). Esta adega histórica organiza visitas guiadas em várias línguas, incluindo o espanhol.

As visitas só estão disponíveis de segunda a sábado. Aos domingos e feriados, a Blandy's está fechada ao público.

• Preço: a partir de 10 euros
• Duração: a partir de 45 minutos
• Recomendado para os interessados em vinhos fortificados.

O Pico do Arieiro é o terceiro ponto mais alto da ilha. Tem quase 2000 metros de altura e do ponto mais alto tem-se uma vista incomparável sobre o mar. A maioria das excursões vai buscá-lo ao seu hotel e levá-lo até às alturas. A partir daí, iniciar-se-á uma caminhada até outra montanha próxima: o Pico Ruivo.

O caminho passa por uma paisagem de rochas nuas, moldadas pela ação dos vulcões. Em dias de boa visibilidade, a vista pode alcançar a Ponta de São Lourenço, a parte mais oriental da Madeira. O passeio começa normalmente por volta das 9:00 e prevê a participação de pequenos grupos.

• Preço: cerca de 40 euros.
• Duração: cerca de 8 horas
• Recomendado para quem pratica desporto regularmente.

Claro que existem! As rotas urbanas não incluem todos os pontos de referência da capital. Abaixo encontra... actividades e locais que não pode perder nas suas férias:

• Jardim Botânico, um miradouro colorido nas colinas do Funchal. Foi criado com o intuito de preservar plantas e flores endémicas, embora hoje em dia também albergue espécies de outros continentes. Ao lado fica também o Jardim dos Loiros, a casa dos coloridos papagaios. Um bilhete normal custa cerca de 5 euros (Quinta do Bom Sucesso, Caminho do Meio).
• 3D Fun Art Museum, o museu das ilusões de ótica- vai conseguir fotografias fantásticas (Rua do Surdo 24).
• Fortaleza de São João Batista do Pico, o antigo armazém da pólvora. Daqui tem-se uma vista incomparável (Rua do Castelo).
• Igreja de Nossa Senhora do Monte, reconhece-se pela sua fachada barroca a preto e branco (Caminho Padre José Marques Jardim)
• Carreiros do Monte, o meio de transporte mais original da ilha (e talvez de toda a Europa). Dois homens chamados carreiros levam-no desde a paragem do teleférico até à zona do Livramento. Até aqui, tudo bem, mas esqueci-me de uma coisa: vai descer a montanha num cesto de vime com rodas!

Sim, nesta altura do ano, a capital da Madeira muda de pele. As luzes de Natal são ligadas no dia 1 de dezembro e, a partir desse dia, as ruas enchem-se de concertos, presépios decorados com flores (lapinhas) e mercados de Natal na central Avenida Arriaga.

No dia 23 de dezembro, realiza-se a Noite do Mercado. Os habitantes locais acorrem ao Mercado dos Lavradores para fazer as últimas compras e cantar canções de Natal. Nesta ocasião, algumas ruas são fechadas ao trânsito e os bares ficam abertos toda a noite. É um autêntico ritual insular que merece ser vivido.

Se viajar para a Madeira na altura do Natal, não pode deixar de provar a vinha d'alhos, carne de porco marinada durante pelo menos dois dias em alho, vinho branco, vinagre e louro. Uma das melhores é confeccionada no Restaurante Cica, no Mercado dos Lavradores.

Na Madeira, a temperatura média ronda os 20ºC durante todo o ano. Por isso, não há má altura para reservar o seu voo. O resto depende dos seus gostos e aspirações.

Se é apaixonado por festas tradicionais, recomendo uma escapadela em maio. Durante todo este mês, celebra-se a Festa da Flor, uma homenagem à primavera e às flores mais coloridas da ilha. Jasmins, tulipas, lírios e outras espécies coloridas enfeitam a Praça do Povo, o Mercado das Flores (Avenida Arriaga), o Largo do Colégio e outros pontos do Funchal.

Se pretende fazer observação de baleias na Madeira, deve escolher umas férias de primavera. Nesta altura do ano há mais vida do que o habitual; poderá ver cachalotes, falsas orcas, baleias-piloto e baleias-comuns, bem como focas-monge, tartarugas e golfinhos.

Estes últimos são animais muito amigáveis e tendem a aproximar-se dos barcos que já conhecem. Se quiser vê-los de perto e, porque não, nadar com eles, recomendo que leia o artigo que explica como ver golfinhos na Madeira.

Claro que sim! A Madeira é uma escolha ideal para umas férias em família. O clima subtropical e as inúmeras actividades ao ar livre fazem dela um destino popular para os pequenos aventureiros. Se quiser saber mais, recomendo-lhe que leia o artigo que explica o que ver e fazer na Madeira com crianças.

Depois de um passeio pela cidade, de certeza que vai ficar com um pouco de fome. Não há problema, a gastronomia da Madeira é rica, variada e exótica. Aqui ficam alguns restaurantes onde pode provar as receitas da ilha:

• Taberna Ruel, um restaurante simples na zona antiga da cidade. Apresenta criações ousadas - por exemplo, filete de peixe-espada com banana ou maracujá - e pratos tradicionais portugueses (Rua de Santa Maria 119).
• O Celeiro, famoso pela sua decoração com madeiras antigas, tapeçarias e azulejos (para além da comida, claro). Vale a pena reservar mesa se lhe apetecer uma cataplana de marisco ou um polvo à lagareiro ( Rua dos Aranhas 22).
• Beef & Wines, para os amantes de carne. Mais do que um restaurante, é uma verdadeira experiência gastronómica (Avenida do Infante 60).
• O Clássico, cozinha tradicional portuguesa com vista para o mar. As especialidades são o pargo assado no forno, o arroz de cherne e o pudim de maracujá (Estrada Monumental 239).
• PVP - Pão, Vinho e Petiscos, um espaço especializado nas cozinhas da Madeira e do Alentejo, a região portuguesa imediatamente acima do mais famoso Algarve. Tem uma boa seleção de vinhos (Rua Simplício dos Passos Gouveia 24).

Normalmente, não há voos directos entre a ilha e os principais aeroportos de Espanha. Se viajar no verão e voar a partir de Madrid, com um pouco de sorte poderá encontrar um voo direto entre Barajas e o Funchal.

No entanto, tal não é comum e na grande maioria dos casos terá de fazer uma escala em Lisboa ou no Porto.

O aeroporto da Madeira é um dos aeroportos mais singulares da Europa. Está localizado no concelho de Santa Cruz e a sua pista foi construída em terrenos recuperados do mar.

Desde 2017, foi batizado com o nome do mais famoso futebolista e personalidade nascida na ilha: Cristiano Ronaldo. Aliás, se é fã do craque português, recomendo que veja a sua estátua e o Museu CR7 (ambos na Avenida Sá Carneiro).

Uma vez lá, pode chegar ao Funchal com o Aerobus SAM Madeira Bus (5 euros ida, 8 euros volta), um carro alugado ou um táxi. A última opção é a mais cara: normalmente custa pelo menos 30€.

Chegou ao fim. Agora já sabe como organizar uma viagem à ilha no meio do Atlântico - apenas algumas dicas finais:

• Se ficar 7 dias na Madeira e quiser poupar algum dinheiro, pode fazer algumas excursões organizadas e alugar um carro para os restantes dias.
• As estradas da ilha estão em bom estado. Só é preciso ter um pouco de cuidado ao conduzir nas montanhas.
• Os preços dos supermercados são mais elevados do que em Espanha ou Portugal. Todos os produtos têm de chegar de barco ou de avião, pelo que muitas vezes compensa comer fora em vez de cozinhar para si.
• O clima da Madeira é ameno mas muito variável. Recomendo que traga sempre um mackintosh.