O Cairo em 4 dias: guia para não perderes nada
A misteriosa cidade do Cairo é uma daquelas visitas que toda a gente deve fazer uma vez na vida. São necessários quatro dias para ver todas as suas atracções e, sobretudo, para captar a atmosfera das suas ruas.
Quando estiver a estudar o que fazer e ver no Cairo, descobrirá que há muito mais na capital egípcia do que as pirâmides e o seu extraordinário museu. De facto, é possível passar muitas horas só neste último e não acabar de ver tudo.
Se acrescentarmos o bairro copta, as muitas mesquitas e outras atracções, a conclusão é que são necessários pelo menos quatro dias para ver a cidade. Há ainda outros aspectos a ter em conta, como o trânsito caótico, que torna cada viagem muito lenta. Finalmente, estes dias permitir-lhe-ão ter uma ideia do que é a vida no Cairo e passear calmamente pelas suas ruas sempre cheias de gente.
Dia 1: Das pirâmides ao Museu Egípcio: os grandes marcos do Cairo
Para o primeiro dia, sugiro que visite os locais mais essenciais da cidade, desde as pirâmides até ao Bazar Khan el Khalili, passando pelo museu e pela Esfinge. Como ainda não está habituado à cidade e à forma de se deslocar, talvez seja boa ideiacontratar uma visita guiada que inclua todos estes locais.
Claro que também pode fazer isso por conta própria, mas aí deve estar preparado para negociar com os taxistas o preço de cada viagem. Por outro lado, como sempre digo, uma viagem requeralguma flexibilidade. Se quiser ficar mais tempo num sítio, por exemplo, deve estar preparado para fazer alterações ao percurso. No museu, devido à sua grande dimensão, é bem possível que queiram voltar noutro dia para terminar a visita, mas isso depende dos vossos interesses.
Ficar maravilhado com a visão das pirâmides de Gizé
Poucos monumentos no mundo são mais conhecidos do que as pirâmides de Gizé. Como certamente já sabe, são três grandes construções destinadas a servir de túmulos para os faraós que lhes deram o nome: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A primeira visita do dia será à esplanada onde se encontram estas pirâmides.
Para além de poder ver as três pirâmides do exterior em paz e sossego, poderá tambémentrar em algumas delas. O meu conselho é entrar em pelo menos uma delas, porque mesmo que não haja nada no interior, a sensação vale a pena.
A entrada no local, entre as 07:00 e as 19:30 horas, é paga e custa aproximadamente 10 euros. Se quiser entrar na Grande Pirâmide, tem de se preparar um pouco mais, pois custa quase 20 euros.
O melhor é reservar uma visita guiada onde te explicam tudo para que não percas um único detalhe. Dica de viagem do Joaquín Procura o miradouro panorâmico com vista para as três pirâmides.
Apesar de ser uma caminhada de 15 minutos, vale bem a pena.
Aproxime-se do Templo do Vale de Quéfren
Embora menos conhecido do que os monumentos vizinhos, vale bem a pena dar um passeio de alguns minutos para ver o Templo do Vale de Khafre. Com a sua planta quadrada de 45 metros, paredes espessas e exterior inclinado, é uma visita que vai adorar.
O costume de muitos faraós era construir um templo ao lado da pirâmide que o iria enterrar.
Neste caso, o edifício situa-se a cerca de 500 metros da Grande Pirâmide e permaneceu enterrado na areia até ao século XIX, o que explica o seu bom estado de conservação. Supõe-se que existia um túnel que ligava o templo à pirâmide, embora não restem quaisquer vestígios. A função do túnel também não é clara, mas alguns especialistas afirmam que oprocesso de mumificação do faraó era efectuado nestes templos.
O mistério da Esfinge
Ao lado das pirâmides, encontra-se uma das figuras mais famosas do mundo: a Esfinge.
Com cerca de 20 metros de altura e pouco mais de 70 metros de comprimento, representa uma cabeça humana com o corpo de um leão. Embora existam diferentes teorias, acredita-se que tenha sido construída porvolta de 2500 a.C., como parte do complexo funerário do faraó Quéfren.
A sua função terá sido a de guardiã do túmulo do governante egípcio. Dica de viagem do Joaquim A esplanada de Gizé pode ser bastante desconfortável durante o verão, quando o calor intenso se combina com o pó para criar uma atmosfera difícil de respirar.
Se puder pagar, é melhor ir de manhã bem cedo ou deixar a visita para pouco antes da hora de fecho.
Almoço na zona
Se for hora do almoço, pode fazer uma pausa e procurar um sítio para comer nas proximidades.
Infelizmente, esta não é a melhor zona da cidade para encontrar um bom restaurante, pelo que muitas pessoas preferem levar um lanche para recarregar as baterias. Para quem prefere algo mais formal (e não se quer contentar com umapizza de uma cadeia ocidental), terá de caminhar alguns minutos. O sítio mais popular é o Dar Darak, principalmente devido à qualidade da comida. Outra opção é o Hadaba, embora, tal como o Hadaba, os preços sejam mais elevados do que os encontrados noutros locais da cidade.
Aprenda sobre a história do Egipto no Museu do Cairo
Depois de uma manhã intensa de visita às pirâmides e aos restantes monumentos da zona, é altura de regressar ao centro da cidade.
Se não tiver reservado uma excursão, o melhor a fazer é negociar com um taxista o preço da viagem, perguntando sempre primeiro ao seu hotel qual o valor correto. É difícil dizer quanto tempo se vai passar noMuseu Egípcio do Cairo. Quando foi inaugurado, no início do século XX, tinha cerca de 12.000 peças, mas atualmente tem até 150.000 objectos. Mas tenha também em conta que:
- Nem tudo está em exposição: devido à falta de espaço, razão pela qual está a ser construído um novo edifício que deverá ser inaugurado muito em breve.
- Faça uma visita guiada: se é fã de arte egípcia, será impossível sair do museu. Com as suas estátuas, relevos, objectos funerários e pinturas, pode passar horas lá dentro. Para tirar o máximo proveito, pode ser uma boa ideia reservar uma visita guiada ao museu para obter explicações de um especialista.
- A sala de Tutankhamun: esta é uma das salas mais importantes (com uma taxa separada) onde se encontram os tesouros que foram encontrados no seu túmulo, juntamente com a **"sala ** das múmias", com os restos mortais de vários dos faraós mais importantes.
Pode chegar um momento em que se sinta um pouco sobrecarregado pelo número de objectos do museu. Quando lá estive, decidi parar nesse ponto e voltar noutra tarde para completar a visita. Isto é algo que pode fazer se achar que é a melhor maneira de apreciar a exposição.
Tomar uma bebida no bairro de Zamalek
Dado o tamanho do museu e, acima de tudo, a quantidade de coisas para ver no interior, posso garantir que quando sair vai querer apenas relaxar. A minha sugestão é que vá até ao último ponto da visita: o bairro de Zamalek.
Localizado na Ilha Gezira, no Nilo, esta zona é considerada uma das mais abastadas da cidade e para lá chegar basta atravessar uma das 3 pontes que o ligam ao resto da cidade, embora a mais próxima e interessante seja a que sechama Qasr Al Nil.
- Onde jantar: Em Zamalek encontrará inúmeros locais para jantar, tanto restaurantes tradicionais como de estilo mais ocidental. Entre os primeiros, experimente o Abou Elsid (Amman Square) ou o Egyptian Nights (Saray El Gezira Street), enquanto os segundos incluem o O'S Pasta (26 July Street) e o JW Steakhouse Restaurant (Saray El Gezira Street).
- Onde tomar uma bebida: Quando terminar o jantar, recomendo que escolha um dos bares da zona, seja um bar tradicional ao ar livre ou um bar de estilo mais europeu. Antes disso, é preciso reservar um tempo para visitar a Ópera, um dos centros culturais da capital egípcia. Se lhe apetecer tomar uma bebida, encontrará vários locais para o fazer neste bairro, embora dentro dos grandes hotéis. Os mais famosos são o Harry's Bar, no Hotel Marriott, e o The Place, perto do Hotel Al Gezira Sheraton. O primeiro tem karaoke e jazz ao vivo, enquanto o segundo deve a sua fama ao seu grande terraço com vista para o Nilo.
Dia 2: Da Antiguidade de Memphis e Saqqara ao Cairo moderno da Praça Tahrir
No segundo dia, o itinerário começa com uma excursão de meio dia aos arredores do Cairo, mais concretamente a Mênfis e Saqqara. Depois, sugiro que se deixe levar pela atmosfera mais contemporânea da cidade e que termine o dia com um fantástico cruzeiro no Nilo, incluindo jantar e um espetáculo.
Mênfis: a antiga capital dos faraós
Antes de mais, é muito difícil fazer esta visita sozinho. Se não quiser ter de negociar com um taxista uma excursão de meio dia, o melhor é contratar uma visita guiada que o leve tanto a Memphis como a Saqqara.
Desta forma, terá também à sua disposição um guia que lhe explicará tudo o que está a ver.Mênfis, a 19 quilómetros do Cairo, foi uma das cidades mais importantes do mundo até 2250 a.C..
O s faraós eram coroados nos seus templos e, durante o Império Médio, foi considerada o ponto de união entre o Alto e o Baixo Egipto. A capital foi primeiro transferida para Tebas e, pouco a pouco,Mênfis foi despovoada ao ponto de parte dos seus edifícios serem desmantelados para utilizar o material nas construções do Cairo. A coisa mais impressionante que se pode ver é a grande estátua de 13 metros de Ramsés II, uma verdadeira joia. Também interessante é a chamada Esfinge de Alabastro, esculpida numa única peça de alabastro e que mede 4 metros de altura e 7 metros de comprimento.
As maravilhas de Saqqara
O ponto alto desta excursão de meio dia é, sem dúvida, Saqqara. Muitos afirmam que esta cidade foi o início do esplendor da civilização egípcia.
Entre os seus construtores, destaca-se um nome: Imhotep, talvez o primeiro arquiteto e engenheiro da história. Quando se chega com uma visita guiada, é possívelentrar no local com o carro, algo que é muito bem-vindo quando o calor aperta.
Na sua zona arqueológica, que se estende por 9 quilómetros quadrados, destacam-se os seguintes vestígios
- Pirâmide de degraus de Zoser: construída por Imhotep, por volta de 2630 a.C., é o lugar mais importante do complexo. Destinada a enterrar o faraó Zoser, tem 60 metros de altura e pensa-se que foi a semente para a construção das restantes pirâmides do Egipto.
- Túmulo de Mereruka: embora menos famoso, este túmulo é o que se encontra em melhor estado de conservação de todo o complexo de Saqqara. Vale a pena entrar e ouvir as histórias do guia escondidas nas suas 17 salas e 4 armazéns.
- Pirâmide de Teti: Também vale a pena visitar esta pirâmide. Nas suas paredes poderão ver-se vários hieróglifos, embora seja necessária a ajuda do guia para compreender o seu significado.
Passeio em Tahrir e arredores
Regressando de Saqqara, possivelmente cansado, o itinerário continuará numa zona completamente diferente: a Praça Tahrir. Não se pode dizer que esta seja a zona mais moderna do Cairo, mas o ambiente é totalmente diferente do que se pode ter visto em Khan el Khalili.
Esta área tende a ser muito movimentada, especialmente com os jovens.
Para relaxar, a melhor coisa a fazer é encontrar um café para tomar uma chávena de chá ou um refrigerante. Depois, basta passear pela zona. As ruas que saem da praça estão repletasde lojas e restaurantes, mas se preferir, pode também dirigir-se às margens do Nilo para passear ao longo da margem.
Atravessar a ponte Qasr al-Nil
Um local próximo onde os cairenses se reúnem para ver o pôr do sol é a Ponte Qasr al Nil.
Embora não tenha tempo para esperar até lá, vale a pena atravessá-la para chegar à Torre do Cairo, uma antiga torre de telecomunicações coberta por uma espécie de treliça. No topo da torre há um miradouro que ofereceexcelentes vistas da cidade. Se lhe apetecer, pode subir e passar algum tempo lá antes de continuar o seu passeio.
Não perca um cruzeiro no Nilo
Sem o rio Nilo, a civilização egípcia nunca teria florescido. A importância desta grande fonte de água é fundamental para o país e continua a ser um elemento importante que o liga de norte a sul.
Para o homenagear, sugiro que termine este segundo dia com um pequeno cruzeiro no Nilo, incluindo jantar e espetáculo. Embarcará ao pôr do sol para um pequeno passeio pela cidade enquanto o sol se põe.
Das águas terá uma visão diferente de alguns dos monumentos do Cairo, lindamente iluminados à noite. Se escolheu, como já disse, aopção com jantar, poderá experimentar algumas das especialidades da saborosa comida egípcia. Além disso, é bastante comum que estes passeios sejam animados por um espetáculo, especialmente de dança do ventre ou de música tradicional ao vivo.
Dia 3: Bairro Copta, Cidadela de Saladino e espetáculo noturno nas Pirâmides
Não pense que com estes dois primeiros dias já viu o máximo do Cairo. De facto, a visita deste terceiro dia é bastante intensa.
Embora se concentre em duas zonas específicas (o bairro copta e a cidadela de Saladino), a visita a cada uma delas vai demorar várias horas. Aconselho-o a começar de manhã bem cedo para ter tempo de ver tudo.
Visita às impressionantes igrejas do bairro copta
Embora a população egípcia seja maioritariamente muçulmana, existe uma minoria cristã significativa no país : os coptas.
No Cairo, a comunidade está agrupada num mesmo bairro, conhecido pelo seu grande número de igrejas e mosteiros. Além disso, no bairro copta poderá ver aigreja, a mesquita e a sinagoga mais antigas da cidade.
A visita pode ser feita por conta própria em uma das duas entradas do bairro, embora você também possa contratar um guia turístico para explicar a interessante história da área. Em resumo, como você pode ler mais neste artigo sobreo que ver no Bairro Copta, aqui estão os lugares mais interessantes para visitar:
- Museu Copta: abriga obras de arte que remontam aos primórdios do cristianismo no Egipto e até à chegada do Islão.
- Igreja Suspensa: oficialmente chamada de Igreja de Santa Maria, o seu apelido vem do facto de ter sido construída sobre o portão sul da antiga fortaleza romana. No seu interior poderá ver 13 pilares que representam Cristo e os apóstolos.
- Mosteiro Ortodoxo Grego e Igreja de São Jorge: o mártir São Jorge, executado pelo Império Romano, é um dos mais venerados entre os coptas.
- Igreja de São Sérgio e São Baco: é a igreja mais antiga do bairro, embora tenha sido construída no século IV, contém pilares que remontam ao século IV. É uma das igrejas mais visitadas pelos crentes, pois é o local onde, segundo os coptas, a Sagrada Família se escondeu durante a sua fuga para o Egipto.
- Mesquita de Amr Ibn Al As: a mesquita mais antiga do Egipto. Foi construída em 642 d.C. pelo conquistador do país para o Islão.
- Sinagoga Ben Ezra: erigida no século IX no local de uma antiga igreja, esta sinagoga, segundo a tradição, foi o local onde Jeremias reuniu os judeus no século VI, após a destruição do Templo de Jerusalém.
Note-se que a entrada nos templos religiosos, independentemente da sua denominação, é gratuita, mas que normalmente é deixado um pequeno donativo para a sua manutenção.
A beleza da Cidadela de Saladino
Depois de uma refeição ligeira, a próxima paragem da excursão é a Cidadela de Saladino, uma fortificação espetacular onde se podem visitar várias mesquitas, museus e outras atracções. Esta cidadela, como o seu nome sugere, foi construída em 1176 por Saladino. O objetivo era proporcionar uma boadefesa contra os cruzados.
Mais tarde, o complexo serviu como residência dos líderes do país durante mais de sete séculos. Como pode ver neste artigo sobreo que ver na Cidadela, há muitos lugares para parar, embora deva ter em mente que fecha por volta das 17:00. Aqui estão os principais.
- Palácio Gawhara: este edifício fica logo na entrada e hoje abriga um museu interessante.
- Mesquita de Alabastro: esta mesquita é também conhecida pelo nome do governante egípcio cujo túmulo se encontra no seu interior, Mohammed Ali. O templo foi concluído em 1848 e as suas cúpulas de estilo otomano são verdadeiramente maravilhosas.
- Miradouro: no terraço do Museu da Polícia existe um impressionante miradouro de onde se podem ver até as pirâmides de Gizé. Imperdível.
- Mesquita do Sultão Hassan: com os seus 8.000 metros quadrados e um minarete que atinge os 68 metros de altura, esta mesquita do século XIV é uma das construções islâmicas mais importantes do mundo.
Dica de viagem do Joaquín Se viajou para o Cairo no verão, não deve perder os concertos organizados no interior da Cidadela.
Uma óptima maneira de terminar o dia: espetáculo de som e luz nas pirâmides
A menos que reserve uma excursão que inclua transporte para a zona das pirâmides à noite, terá de encontrar um táxi e negociar o preço.
No entanto, a experiência vale bem a pena. Com três sessões diferentes a partir das 19:30, podereservar uma excursão para ver o espetáculo de som e luz das pirâmides é uma daquelas experiências que toda a gente devia viver um dia. Feixes de laser são projectados sobre os monumentos e a areia, criando um efeito verdadeiramente impressionante.
Ao mesmo tempo, a voz da Esfinge conta vários factos sobre a história do Egipto e a construção das próprias pirâmides.
Dia 4: Da Cidade dos Mortos para descobrir a noite do Cairo, passando pelo bairro islâmico
O último dia da viagem, com bastante cansaço no corpo, também não vai ser muito relaxado. Por isso, começará com uma visita que, aviso-o, não é para todos, pois a pobreza que se vê na Cidade dos Mortos pode chocar mais do que uma pessoa.
Depois, nada melhor do que um longo passeio pelo bairro islâmico para acabar a conhecer um outro lado da cidade: a sua vida nocturna numa das suas zonas mais abastadas.
A impressionante visita à Cidade dos Mortos
Ao contrário de outras zonas do Cairo, para esta visita é quase indispensável contratar uma visita guiada pelas características do bairro.
Embora os turistas tenham começado a visitar a Cidade dos Mortos há muito tempo, é melhor entrar com um guia para garantir que tudo corra bem. ACidade dos Mortos está localizada num cemitério, mas um cemitério em que os únicos habitantes não são os mortos. Hoje, os vivos e os mortos partilham os 7 quilómetros quadrados deste enorme bairro de lata. As casas são pequenas e muitas vezes têm pátios de areia com sepulturas antigas. A eletricidade e a água corrente primam pela ausência, e as maiores casas são as que aproveitam os grandes panteões.
A chegada do turismo levou, no entanto, à abertura de numerosos cafés e lojas onde se pode comprar todo o tipo de artigos.
O melhor sítio para conhecer os habitantes do Cairo: o Bairro Islâmico
Quando se regressa da Cidade dos Mortos, ainda com o choque no corpo, não há melhor sítio para recuperar do que o bairro islâmico do Cairo. Para além dos monumentos que poderá ver, esta zona caracteriza-se pela vida que se agita nas suas ruas.
Sem dúvida, é o verdadeiro coração da cidade. A melhor coisa a fazer é passear pelas suas ruas, mas para lhe dar uma breve ideia do que pode ver, aqui estãoalgumas recomendações:
- Praça Midan Al Hussein: situada entre a Mesquita Al Azhar e a Mesquita Sayyidna Al Hussein, as duas mesquitas mais importantes do bairro. Está repleta de esplanadas onde turistas e habitantes locais partilham o espaço.
- Parque Al Azhar: um verdadeiro oásis no meio de uma das zonas mais povoadas da capital. Se tiver tempo, dê um passeio para ver as suas fontes e a sua fabulosa vegetação.
- Tentmakers Bazaar: o local perfeito se quiser comprar tapetes, coberturas ou tapeçarias.
- Rua Al Muizz: com um quilómetro de comprimento, esta rua pedonal é uma das mais atmosféricas da cidade. É também o lar de um grande número de mesquitas e edifícios históricos.
- Qalawun Madrasa e Mausoléu: um dos principais monumentos da zona.
Naturalmente, estas são apenas uma pequena parte das atracções da zona, mas seria impossível enumerá-las todas. Convido-o a descobri-los durante o seu passeio e a parar de vez em quando para tomar uma bebida numa esplanada.
Ver um dos locais mais sagrados do Islão: a Mesquita de Al Azhar
Fundada em 970 d.C., esta mesquita (que tem também uma universidade) é o centro religioso do Islão sunita.
Notará a presença de vários estilos arquitectónicos diferentes no edifício, o que confere ao conjunto uma estranha beleza.
Comece a descobrir a alma da cidade em Khan el Khalili.
Quase ao lado da mesquita de Al Azhar está o Khan el Khalili, que é mais do que um grande bazar onde os turistas vêm comprar lembranças.
As suas ruelas labirínticas são o local ideal para vislumbrar a alma da cidade, especialmente depois de escurecer. Não se preocupe muito com a hora, poiso Khan el Khalili está no seu melhor quando o sol se põe.
- Quando chegar, o melhor é começar a deambular e a ver as lojas. A uma certa hora, as tradicionais lanternas de metal são acesas, dando à zona uma atmosfera ainda mais espetacular.
- Durante o seu passeio, não perca algumas das mesquitas construídas na zona, bem como as oficinas onde trabalham os artesãos.
- Quando estiver farto, sente-se no Fishawi ou Mirror Café, situado num dos lados do mercado.
- Este é um dos cafés mais populares da cidade e um ótimo lugar para relaxar um pouco.
- Depois, é melhor regressar à Rua Al-Muizz para encontrar um sítio para jantar antes de se retirar.